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O que devo fazer com meus colaboradores descobertos?

Investir na saúde dos colaboradores é crucial para as empresas que desejam maximizar a produtividade e a receita além de manter uma força de trabalho saudável e engajada. No Brasil, existem vários desafios de saúde que as empresas enfrentam, incluindo fala de qualidade em serviços, doenças crônicas, problemas de saúde mental e acidentes de trabalho. Temos como objetivo fornecer um guia completo para as empresas brasileiras sobre a importância de investir na saúde dos colaboradores, os desafios que enfrentam e as estratégias para promover a saúde e o bem-estar. 

O impacto da saúde do funcionário no sucesso da empresa

A saúde dos colaboradores tem impacto direto no sucesso de uma empresa. Colaboradores saudáveis ​​são mais produtivos e estão mais engajados em seu trabalho. De acordo com um relatório da Marsh & McLennan, a ONU afirma que as empresas que investem em programas de saúde e bem-estar dos colaboradores podem esperar um retorno sobre o investimento de até seis vezes o custo do programa [1]. 

Isso ocorre porque colaboradores saudáveis ​​são mais produtivos, ficam menos doentes e têm menos probabilidade de deixar o emprego. Além disso, as empresas que priorizam a saúde dos colaboradores são mais atraentes para quem procura vagas de trabalho e têm melhor reputação no mercado.

A pesquisa também mostrou que os colaboradores descobertos são mais propensos a sofrer de estresse, depressão e outros problemas de saúde mental. Esses problemas podem levar à diminuição da produtividade, aumento do absenteísmo e custos mais altos com a saúde. De fato, em um estudo da The American Institute of Stress o absenteísmo induzido pela depressão custa às empresas americanas US$ 51 bilhões por ano, bem como  US$ 26 bilhões adicionais em custos de tratamento, estimando-se cerca de 75% do salário anual de um trabalhador para cobrir a perda de produtividade ou para substituir trabalhadores. [2]. Isso significa que investir na saúde dos colaboradores não beneficia apenas os colaboradores, mas também os resultados financeiros da empresa.

Desafios atuais da saúde no Brasil

As empresas no Brasil enfrentam uma série de desafios de saúde que podem afetar sua força de trabalho. Um dos maiores desafios é a falta de acesso à atendimento à saúde de qualidade. Os fatores contribuintes incluem má nutrição, falta de atividade física, problemas de saúde mental e acidentes de trabalho. No estudo de Villela (2009) sobre a Vila Mariana em São Paulo [3], constatou-se que a rede básica de saúde brasileira enfrenta desafios na atenção integral aos colaboradores, o que pode levar a uma prevenção e tratamento inadequados de problemas de saúde e consequentemente afetar sua produtividade e bem-estar geral.

Outro desafio é a alta prevalência de doenças crônicas no Brasil, como diabetes e hipertensão. Segundo a pesquisa de Santana (2006) sobre a Saúde do Trabalhador no Brasil, as doenças crônicas são responsáveis ​​por 70% de todas as mortes no Brasil e são uma das principais responsáveis ​​pelos custos com saúde [4]. Isso pode impactar as empresas, aumentando seus custos com saúde e diminuindo o rendimento da equipe.

Além disso, o empregador deve ter em mente que, quando é descoberto que um funcionário tem um problema de saúde, as empresas devem passar por uma série de considerações legais e éticas. Uma das considerações mais importantes é a privacidade. Os empregadores devem garantir que as informações de saúde dos colaboradores sejam mantidas em sigilo e não sejam compartilhadas com indivíduos não autorizados [5].

Investindo na Saúde da Equipe: Estratégias e Melhores Práticas

Para enfrentar esses desafios, as empresas podem implementar uma série de estratégias para investir na saúde de suas equipes. Uma das estratégias mais eficazes é implementar um programa abrangente de bem-estar no local de trabalho. 

As melhores práticas para promover a saúde e o bem-estar dos colaboradores incluem envolver os colaboradores na elaboração do programa, fornecer incentivos para a participação e criar uma cultura de saúde dentro da organização. Esses programas podem incluir iniciativas como programas de alimentação saudável, aulas de ginástica, oficinas de gerenciamento de estresse e fornecer educação e exames de saúde [6]. Ao fornecer aos colaboradores as ferramentas e os recursos de que precisam para se manterem saudáveis, as empresas podem criar uma força de trabalho mais produtiva e engajada.

Outra estratégia é proporcionar aos colaboradores acesso à saúde. Isso pode incluir oferecer seguro de saúde ou fazer parceria com prestadores de serviços de saúde locais para oferecer serviços com desconto. Ao garantir que os colaboradores tenham acesso aos cuidados de que precisam, as empresas podem ajudar a prevenir problemas de saúde antes que se tornem problemas graves.

Conclusão

Investir na saúde dos colaboradores é essencial para que as empresas mantenham uma força de trabalho produtiva e lucrativa. Ao investir na saúde dos colaboradores, as empresas podem criar uma cultura de saúde e bem-estar que beneficia tanto os colaboradores quanto a organização. Recomenda-se que as empresas priorizem a saúde e o bem-estar dos colaboradores implementando programas e estratégias eficazes. Isso não apenas melhora a saúde e o bem-estar dos colaboradores, mas também resultará em aumento de produtividade e redução de custos com assistência médica.

Por Ana Flavia Rocha – Head em Pré-vendas TudoMed

Fontes:

  1. Pântano (2021). Empresas investem em saúde e bem-estar para atrair e reter talentos.
  1. American Institute of Stress. (n.d.). Workplace stress. Disponível em:
  1. Villela, WV, Barbosa, EF, & Shimizu, HE (2009). Desafios da atenção básica em saúde: a integralidade como dispositivo organizador. Cadernos de Saúde Pública, 25(6), 1316-1324.  
  1. Santana, VS (2006). Saúde do trabalhador: concepção e evolução histórica no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 11(3), 649-659.
  1. Chiavegatto, CV, & Algranti, E. (2013). Políticas públicas de saúde do trabalhador no Brasil: oportunidades e desafios. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 38(127), 25-27.
  1. Facchini, LA, Tomasi, E., Dilélio, AS, & Tomasi, C. (1996). Qualidade da Atenção Primária à Saúde no Brasil: avanços, desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 24(92), 7-16.

Informações adcionais: 

Minayo Gomez, C., Vasconcellos, LCF de, & Machado, JMH (2018). “Saúde do trabalhador: aspectos históricos, avanços e desafios do Sistema Único de Saúde.” Ciência & Saúde Coletiva, 23(6), 1963-1970. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/DCSW6mPX5gXnV3TRjfZM7ks/?format=pdf&lang=pt 

Marçal, L. S. (2019). Governança corporativa em empresas familiares: Um estudo de caso do grupo Votorantim [Dissertação de mestrado, Fundação Getulio Vargas]. Biblioteca Digital FGV. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/31896/TA%20Mar%c3%a7al%20Liguori%20V.19.pdf?sequence=1&isAllowed=y 

Mendes, R. W. S., & Dias, R. C. (2018). Perfil dos acidentes de trabalho em profissionais de enfermagem em um hospital universitário. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 43, e10. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbso/a/CDTqVWfM7xKVQpxNNv6c77w/?format=pdf&lang=pt

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